Google é acusado de discriminar funcionária grávida nos EUA

Uma funcionária do Google atualmente em licença maternidade acusa a empresa de não coibir práticas de discriminação contra ela. Em um post publicado na rede interna do Google e divulgado pelo Motherboard, chamado “Não voltarei ao Google após a licença maternidade, e aqui está o porquê”, ela denuncia meses de assédio moral vindos de sua supervisora.

Segundo a funcionária, sua supervisora constantemente fazia comentários negativos sobre mulheres grávidas. A mulher diz ainda que levou o assunto ao RH e, depois disso, a conduta da supervisora só piorou. “O RH disse que outros já haviam se queixado de minha supervisora e ela já tinha recebido feedback sobre isso. Imediatamente após minha reunião com o RH, o comportamento de minha supervisora mudou e tive que aguentar meses de conversas e e-mails tensos e projetos barrados. Ela também me ignorava em reuniões”, disse a mulher.

A mulher foi transferida para outra equipe, mas continuou a ter problemas com a nova supervisora. Segundo ela, sua nova chefe questionou os benefícios de repouso na etapa final da gravidez e disse que “ignorou ordens médicas e trabalhou até o dia anterior ao parto”.

A nova chefe ainda disse que a função da denunciante não estava garantida após a gravidez e a encorajou a se candidatar a vagas em outras áreas da empresa. O Motherboard informa que o post da mulher foi visto por mais de 10 mil funcionários do Google e virou tema constante em conversas de funcionários da empresa nos EUA. Ao Motherboard, o Google afirmou que tem políticas rígidas contra este tipo de discriminação. A empresa, porém, não respondeu a perguntas específicas sobre o caso da funcionária.

Coluna André Cardozo:

This website uses cookies.