Fungo aquático pode ameaçar a existência dos sapos terrestres, aponta estudo

Fungo aquático pode provocar a extinção de sapos, aponta estudo
Fungo aquático pode provocar a extinção de sapos, aponta estudo

Um fungo aquático que já levou à extinção diversas espécies de anfíbios que têm parte ou todo o ciclo de vida na água ameaça também os sapos terrestres.

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De acordo com uma reportagem da Agência Fapesp, um estudo de pesquisadores brasileiro publicado na revista Biological Conservation constatou na Mata Atlântica uma mortandade sem precedentes de sapinhos que se desenvolvem longe do ambiente aquático. Os anfíbios estavam infectados com altas cargas do fungo quitrídio (Batrachochytrium dendrobatidis), causador da quitridiomicose.

Com origem na Ásia, o fungo provavelmente se espalhou pelo mundo por conta do comércio de carne de rã. Espécies como a rã-touro (Aquarana catesbeiana), usadas para esse fim, são resistentes ao fungo e podem carregá-lo sem serem infectadas.

“Esse é um fungo que se instala na pele dos anfíbios, que é por onde realizam as trocas gasosas com o ambiente. Quando ocorre a infecção, há um desequilíbrio fisiológico e o animal acaba morrendo de ataque cardíaco”, explica Diego Moura-Campos, primeiro autor do trabalho, realizado durante seu mestrado no Instituto de Biologia da Universidade de Campinas.

Os pesquisadores acreditam que as espécies de desenvolvimento direto, ou seja, que passam todo o ciclo de vida na terra, sem passar pela fase de girinos, são ainda menos adaptadas ao fungo. O estudo mostra ainda que a aceleração das mudanças climáticas globais nas próximas décadas deve aumentar a ocorrência desse tipo de doença, cujos causadores podem evoluir em linhagens mais virulentas.

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